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Zé Cafofinho mostra variadas expressões e estilos sonoros em “Mal-Dito”, seu novo álbum

Depois de lançar os singles Saara, Bacuri e 18 Graus – o recifense residente em São Paulo, Zé Cafofinho – alter ego do músico Tiago Andrade, artista intensamente presente na cena musical pernambucana –lança MAL-DITO, o segundo álbum de uma trilogia iniciada com Dança da Noite, seu mais conhecido trabalho.

Em MAL-DITO, álbum produzido inteiramente em São Paulo, onde reside há quatro anos, o músico traz seu olhar aguçado sobre o atual contexto em que as informações flutuam e são onipresentes, transitando como um grande telefone sem fio. Estas questões são o ponto de partida para as músicas de Cafofinho, que compartilha suas dúvidas e perguntas em uma espécie de diálogo com o público.

Autor de Xirley – música gravada por Gaby Amarantos em seu primeiro álbum solo, de 2012, relançada pelo autor em 2021, em um videoclipe dirigido pelas cineastas pernambucanas Bárbara Cunha e Mary Gatis para a versão remix produzida pelo DJ Waldo Squash –, o multi-instrumentista Zé Cafofinho carrega em sua criação contemporânea variadas expressões e estilos sonoros, utilizando-se de instrumentos diversos como a viola de arco, guitarra tenor e bandolim, e amplia sua rede e conexões para outros cenários com um time especial nas participações.

Mantendo sua marca de inovação, Zé Cafofinho trabalha o formato música e artes visuais, apurando seu olhar particular de observador e cronista, fazendo conexão com questões sociais/humanas do cotidiano, que pode ser notado especialmente em Foda-me, criada pelo artista plástico e designer Mozart Fernandes – responsável pela direção de arte, identidade visual e gráfica de todo o projeto – para uma exposição e que ganhou videoarte criada pela dupla.

“Conheci Mozart em São Paulo na turnê de lançamento de meu primeiro álbum, Um Pé na Meia e Outro de Fora, há mais de 10 anos e tivemos uma química de admiração artística muito grande. Meu processo de criação musical é muito semelhante ao das artes plásticas, de poder eu mesmo pintar uma tela fazendo uma música, gosto de pensar a música com textura, cor, som. Mozart está em lugar como se fosse uma parceria musical. Eu fiz trilhas para as exposições dele, enquanto ele criou, a partir das músicas que eu mandava, as capas dos discos. Nossos olhares pro mundo são muito parecidos”, conta Zé Cafofinho. E Mozart completa: “Eu estava no meio do processo de uma exposição sobre mulheres da rua e veio esta música, Dança da Noite, que acabei usando como eixo da exposição. E hoje esta mulher não é apenas uma mulher, é uma pessoa multigênero”. Composta num mundo pré-plataformas digitais, a faixa em parceria com Arnaldo Antunes foi relançada em 2020 em versão remix do produtor musical Entropia.

“MAL-DITO, a segunda capa/arte/obra criada em conjunto com Mozart e parte de uma trilogia iniciada com Dança da Noite, que se fecha com o terceiro disco ainda em gestação, reafirma esta ligação do artista com as artes, o cinema, a literatura e as questões sociais. Bacuri, parceria com Chiquinho Moreira – coautor de outras faixas e produtor do álbum ao lado de Zé Cafofinho  – é uma colagem dos textos do jornalista pernambucano Bruno Albertim para a exposição Diário das Frutas, da pintora Tereza Costa Rêgo, um retrato da fome da libido, do desejo e do paladar, com participação da cantora Bárbara Eugênia. Chorume é uma parceria com Fábio Trummer (Banda Eddie), uma versão do que seria Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, embaixo do Elevado Costa e Silva (Minhocão), lar de muitos moradores de rua na cidade de São Paulo. 18 Graus, uma espécie de termômetro que afirma a vivência noturna na cidade de São Paulo, é uma colaboração com o cantor e compositor Otto, que também participa da faixa, e Chiquinho.

A cantora cearense Soledad empresta sua voz à Saara, faixa assinada pelo artista baseada na obra Em Estado de Choque, do escritor palestino Mohammed Omer, “onde vou escaldando os meus miolos e traçando paralelos sociais das várias faixas de Gaza que vejo pelo caminho”, conta Zé.  Do Ceará também vem outro convidado especial, Vitoriano (Vitoriano e seu Conjunto), compositor de letra e música de So Long, que aborda a infeliz realidade da exploração sexual infantil que se repete desde a colonização até hoje, por todo o Brasil.

Com letras de Zé Cafofinho e parcerias na composição das melodias com Chiquinho Moreira, completam o álbum Sermão, uma homenagem aos poetas malditos e aos vulneráveis nesses tempos sombrios, e Cicatriz, cuja letra partiu de uma história contada pelo cineasta e amigo Lírio Ferreira sobre a investida da onça Cicatriz a um jacaré no Pantanal, que faz paralelos com a vida real e contrapontos das relações humanas com o reino animal.

Sinopse:
O cantor, compositor e multi-instrumentista recifense Zé Cafofinho traz para o álbum MAL-DITO sua criação de variadas expressões e estilos sonoros, utilizando-se de instrumentos diversos como a viola de arco, guitarra tenor e bandolim.

O repertório reflete sua contemporânea e original produção, em parcerias com o artista visual Mozart Fernandes, em Foda-me, na colagem dos textos do jornalista pernambucano Bruno Albertim em Bacuri, nas colaborações com seus conterrâneos, o cantor e compositor Otto em 18 Graus e Fábio Trummer em Chorume, além das parcerias nas melodias com Chiquinho Moreira em Sermão e Cicatriz, sua composição solo Saara e a canção de Vitoriano (Vitoriano e seu Conjunto), So Long.

#ToNaMidia #ClaudeLopes #ZeCafofinho

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