Um dos nomes mais importantes da cena do rap e hip-hop brasileiro, Tribo da Periferia, acaba de lançar um projeto inédito com 10 faixas e 6 videoclipes. Todas as músicas e vídeos foram divulgados em todas as plataformas de música e já possuem milhões de player e visualizações.
“Acho que tinha uns cinco, seis anos que a gente não lançava um álbum cheio, por isso que esse é um trabalho tão importante para a gente. A ideia é mostrar as várias vertentes do Tribo, que não se prende a uma temática só. A gente gosta de falar sobre o que estamos sentindo no momento e foi isso que fizemos!”, fala Duckjay. “Podem aguardar que está mil grau”, completa Look.
A ideia de soltar várias faixas com clipes de uma vez surgiu da estratégia feita por 50 Cent, em 2005 no álbum The Massacre. Duckjay lembra de ter achado espetacular quando o rapper americano divulgou o álbum já com todos os videoclipes. “Sempre quis fazer uma parada assim, um vídeo dedicado a cada música, no nosso caso, seis clipes. E, graças a Deus, pelo menos para mim foi um orgulho, um trabalho árduo porque quem assiste o clipe em casa não sabe o quanto é difícil essa produção onde cada detalhe é pensado. Foi um grande desafio, mas apesar do cansaço físico e mental, muito gratificante”, explica.
Tanto para Duckjay, quando para Look, HÍBRIDO representa um recomeço, principalmente após um ano imprevisível como foi o de 2020. O nome do novo álbum também é significativo. Além de serem apaixonados por carros e sempre terem esse elemento em suas músicas e clipes, eles explicam o porquê da escolha: “O carro híbrido é o combustível e a eletricidade trabalhando juntos para se locomover. Somamos vários sentimentos, sacrifícios e sonhos para elaborar esse álbum que caminha por diversos estilos”.
Na faixa “Dia de Poderoso”, por exemplo, eles utilizam um trecho da música tema da trilogia cinematográfica de ‘Poderoso Chefão’, da qual são fãs. Em “Cegonha” utilizam elementos (carro, motor, velocidade) que gostam muito e que, para eles, simboliza a vitória dos rappers em se superarem. “Tema” segue uma pegada mais romântica, mas com muito grave, característica presente também em trabalhos anteriores dos artistas. “Resiliência” é uma das faixas mais emocionantes do álbum que revela uma parte da biografia de Duckjay. “Festival de Nós Dois” segue uma linha mais pop com o diferencial do rap de Look, a primeira música mais romântica do Tribo que ele canta. E em “Rolê Sagrado” eles fazem um paralelo com o ano de 2020 com uma letra repleta de significados.
Essas também foram as músicas escolhidas para ganharem a versão em vídeo. Apesar de frisarem que atuação é algo bem distante deles, Duckjay e Look arrasaram nos personagens dos clipes, principalmente no vídeo de “Dia de Poderoso”. “Gelo e Gin” (que conta com a participação do grupo ‘3 Um Só’), “Segunda Noite”, “O Retorno é Lei” e “Fechamento de Sempre”, chegam com áudios visualizadores e completam as 10 faixas de HÍBRIDO.
Com diversas músicas autorais no currículo e um dos mais importantes produtores musicais do segmento, Duckjay revela que a escolha do repertório de HÍBRIDO não foi algo fácil. As faixas, compostas em diferentes épocas e circunstâncias, foram selecionadas após um laboratório feito no estúdio dos artistas. “A gente ama o que faz, produzimos muito e por causa disso temos um cardápio gigante. Temos músicas feitas no período da pandemia, outras antes, mas a música, quando é feita de coração é atemporal, não é descartável e a mensagem fica por anos e anos”, revela Duckjay. E é exatamente por este motivo que eles não costumam seguir modismos impostos pelo mercado e preferem trabalhar em projetos com retorno a longo prazo do que com resultados imediatos.
Hoje, após 22 anos de carreira, eles são um dos grandes nomes do cenário do rap e hip hop nacional e comemoram o sucesso do gênero. “Hoje o hip-hop, graças a Deus, é o terceiro estilo musical mais ouvido do Brasil e daqui há algum tempo será o primeiro. Quando o Tribo da Periferia surgiu, o movimento era muito pequeno e as pessoas não davam tanta atenção para o ritmo, por isso fico feliz demais em ver seu crescimento e suas várias vertentes”, vibra Duckjay.
Os fãs também foram essenciais nessa trajetória de sucesso. Duckjay faz questão de dizer que o apoio dos admiradores foi essencial para o crescimento deles. “Hoje, cada comentário daqueles que gostam do nosso trabalho encaramos como um combustível para nunca parar. Porque a gente canta para quem gosta da gente e acho que isso é uma receita muito boa”, diz. “Gostaria de agradecer a galera do fã-clube, toda a rapaziada que segue a gente. É uma força muito grande para o nosso trabalho”, completa Look.
A história da Tribo da Periferia nasceu nas raízes do Distrito Federal, em 1998, quando Luiz Fernando Correia da Silva, mais conhecido como Duckjay, decidiu dar o primeiro passo para esse sonho, compondo sua primeira letra musical. Desde então, a Tribo foi tomando novas formas e ganhando novos protagonistas, como Look (Nelcivando Lustosa Rodrigues), que desde 2016 segue ao lado de Duckjay conectando cada vez mais pessoas. Agenciados pela Kamika-Z Produtora e com apresentações por todo território nacional, Duckjay e Look arrastam multidões por onde passam.
“O Tribo da Periferia é minha vida! Me tirou da rua e de tudo que é ruim, só me trouxe coisas boas, me abriu um outro campo de visão”, fala Duckjay. “A gente se dedica ao máximo, vive mais no estúdio do que em casa, porque a gente ama o que faz”, finaliza Look.
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