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Matheus Nachtergaele e Lucélia Santos prontagonizam o Longa-metragem “A Serpente” estreia no Rio

A Serpente” (2016), longa-metragem do pernambucano Jura Capela, coproduzido pelo Canal Brasil, chega aos cinemas das cidades do Rio de Janeiro (dia 25 de julho (5af), com pré-estreia dia 24/7 (4af), no Estação Net) e Recife  (23/8 (5af), com pré-estreia dia 22/8 (5af), no Cinema São Luiz), estando a praça de São Paulo em negociação de circuito.

Baseado na primeira obra escrita pelo dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980), mas a última a ser publicada em 1978, o filme reúne em seu elenco, em encontro inédito, Matheus Nachtergaele e Lucélia Santos, além dos atores Silvio Restiffe e Cellia Nascimento.

Rodado em preto e branco, “A Serpente”, busca ser fiel aos elementos da obra original de Nelson Rodrigues. Amor, ciúme, relações proibidas e tragédia envolvem as personagens centrais da trama, vividas por Matheus Nachtergaele (Paulo) e Lucélia Santos (que vive as gêmeas Guida e Lígia), quando uma mulher resolve emprestar seu marido por uma noite para a sua irmã gêmea – casada, mas ainda virgem.

Conhecedor do universo do dramaturgo, Nachtergaele exalta a obra e a participação de Lucélia Santos no filme: “Vi todas as peças do Nelson, sendo ele muito responsável por eu ser ator. Quando fui convidado para o projeto logo imaginei a Lucélia no elenco. Sendo ela a atriz preferida do Nelson Rodrigues e profunda conhecedora da sua obra, imagino que o desejo dramaturgo era vê-la interpretando as duas irmãs. Percebo que ‘A Serpente’ devolve a Lucélia para o cinema e para o Nelson”.

Mesmo sendo profunda conhecedora da obra do dramaturgo, declaradamente pelo autor ser ela a sua atriz preferida, foi grande o desafio de Lucélia Santos para viver as gêmeas Guida e Lígia, que declara: “Foi uma alegria imensa ter recebido convite do Jura  e de Mateus para ‘A Serpente’, pois sou uma grande admiradora do Nelson Rodrigues, sendo que ele tem uma presença fundamental na minha carreira. ‘A Serpente’ foi um texto imaginado por ele e estruturado talvez, parece, no início da sua carreira, tendo sido o último texto que ele assinou na vida. Esse texto tem uma dimensão pra além de toda sua obra e um poder de síntese ao mesmo tempo, talvez por isso. Todas as noivas de Nelson estão presentes no primeiro plano do filme, cuja ação se passa na destruída cidade de Mariana. Filmamos lá logo após o acidente ambiental devastador e criminoso. Gosto muito do filme. É um filme de arte, em preto e branco, que prioriza as interpretações dos atores e traz assinatura de Jura Capela, um jovem cineasta cheio de talento, inteligência e percepção. A fotografia de Pablo é um luxo!

Trabalhar com Matheus sempre foi um sonho na minha vida, pois eu o admiro profundamente e além de admirar eu o amo. Não poderia ter sido melhor oportunidade do que essa por se tratar de duas linguagens arrebatadoras para mim: o cinema, e Nelson Rodrigues. Desejo, sinceramente, que possamos voltar a nos encontrar no cinema hora dessas. Desejo  também muito sucesso ao filme, apesar de não me encontrar no Brasil nesse momento. Estou em Lisboa, gravando uma novela para a TVI, uma emissora portuguesa.

Espero que ‘A Serpente’ também seja lançado aqui em breve!”

Ganhador do  “Prêmio do Júri” como melhor filme no Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira, em Portugal, “A Serpente” foi apresentado no Festival do Rio – 20o Rio de Janeiro Int’l Filme Festival, em 2016, o longa-metragem chega aos cinemas com a distribuição da Livres, de Cavi Borges.

“Colocar este filme nas salas de cinema é devolver ao publico a arte brasileira, é trazer Nelson Rodrigues e a Lucélia Santos para o tempo do agora”, declara Jura Capela. 

Com trilha produzida pelos músicos Fábio Trummer (Banda Eddie) e Pupillo (Nação Zumbi), o longa de Jura Capela ganhou modernidade sonora pelas mãos dos pernambucanos, que criaram universo pop & rock para a trama.

“A peça de apenas um ato é um prefácio e um epílogo de tudo que o Nelson desenvolveu após esta criação”, declara Matheus Nachtergaele.

Depoimento do diretor Jura Capela:

“Estava falando com Matheus por mensagem quando ele escreveu: ‘Vi seu filme Jardim Atlântico e gostei bastante. E agora você vai rodar um novo filme?’. Eu falei que sim, que iria rodar ‘A Serpente’ de Nelson Rodrigues, quando Matheus prontamente respondeu ‘e aí, não vai me convidar?’. Quase cai da cadeira, pois já admirava bastante o trabalho de Matheus.

Daí, iniciamos não só um processo de elaboração do filme, mais uma amizade e compreensão entre nós. Matheus falou que gostaria muito fazer o filme, mas desejava que que fosse o texto puro Nelson.

Ficamos pensando quem poderia fazer a Guida e a Ligia, as personagens gêmeas do texto de Nelson, e prontamente Matheus falou, ‘por que não chamamos Lucélia Santos? Encontrei a Lucélia e acho que ela topa fazer’. Foi quando liguei para Lucélia e fomos conversar sobre o filme.

Nesta mesma época, acabara de ocorrer o desastre da cidade de Mariana – MG. Falei para Lucélia que teríamos que ir lá filmar para eternizar este acontecimento para nunca mais esquecermos este descaso. A Lucélia prontamente adorou a ideia e disse: ‘Jura vamos filmar lá’.

Para mim foi um sonho poder dirigir um filme com dois atores ícones do cinema nacional. Lucélia era amiga de Nelson Rodrigues. Nos nossos encontros ela contava várias situações que esteve junto ao escritor. Isso foi fascinante porque era como se Nelson estivesse presente no set fazendo o filme junto a nós.

Matheus Nachtergaele é um múltiplo artista, pois ele chegava sempre propondo várias possibilidades para fazermos cada cena. Matheus sempre muito mergulhado nas entranhas do filme e, principalmente, muito feliz por estar contracenando com a Lucélia Santos, que ele já era fã e conta que foi com seu pai pela primeira vez ao cinema para ver justamente o filme que Lucélia era a protagonista.

Fomos todos pensando no filme e juntos elaborando como poderíamos contar esta história. Fazer uma adaptação de uma peça de Nelson Rodrigues era um grande desafio.

Resolvemos filmar em uma locação onde só teria uma grande casa e o resto era só montanha e natureza. Esta decisão foi por conta de que teríamos que fazer algo novo sobre o Nelson. As peça de Nelson que viraram filme foram todo muito bem feitos, mas desejamos colocar o dramaturgo em lugar jamais visto.

A trilha sonora foi composta por Pupilo (que tocava no Nação Zumbi) e pelo Fabio Trummer (da banda Eddie). Chamei eles por fazerem parte do movimento Manguenbeat, um som moderno. Decidimos fazer várias intervenções sonoras e utilizar um rock com guitarras distorcidas.

O filme foi todo baseado no Cinema Noir e queríamos seguir este conceito. Decidimos fazer o filme todo em preto e branco, para conseguir tirar a referência do tempo e da época, trabalhamos entre a luz e a sombra. Usamos, em todo o filme, somente duas lentes, com um trabalho artesanal e cuidadoso para narrar a nossa história.

Colocar este filme nas salas de cinema é devolver ao público a arte brasileira, é trazer Nelson Rodrigues e a Lucélia Santos para o tempo do agora”.

Sinopse

Duas irmãs vivem na mesma casa com seus respectivos maridos, em quartos separados por uma única parede. Uma das irmãs, Lígia, permanece virgem. Insatisfeita, ela quer desfazer o casamento e pensa em se matar. Para impedir o suicídio da irmã, Guida lhe oferece o próprio marido, Paulo, por uma noite. Adaptação da última peça escrita por Nelson Rodrigues, em 1978.

Ficha técnica: 

Direção e Roteiro: Jura Capela

Empresa Produtora: Jura Filmes

Coprodutor: Canal Brasil

Produção: Elaine Soares Azevedo

Fotografia: Pablo Baião

Montagem: Rodrigo Lima

Música: Fábio Trummer, Pupillo

Elenco: Matheus Nachtergaele, Lucélia Santos, Silvio Restiffe, Cellia Nascimento

 

Sobre Jura Capela:

Natural de Recife, Pernambuco. Vive e trabalha entre o Recife,  Rio de Janeiro e São Paulo. Cineasta, produtor e roteirista, que integrou vários grupos artísticos em Pernambuco, tais como: Canal 03 (1996) ou o coletivo Telephone Colorido com o qual co-dirigiu o curta-metragem “Resgate Cultural – O Filme” (2001), premiado em diversos festivais nacionais de cinema. Também neste contexto, realizou as exposições Estéreo, Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ – Recife, 2000), e Quebrem um Ovo, no 45º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife, 2003). Participou no 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife, 2012) com uma instalação sobre o estado das artes de Recife desde 1930. Na sua filmografia soma a codireção do média-metragem “Shenberguianas” (2005), e a direção de dois longas-metragens “Paranã-Puca – Onde o Mar se Arrebenta”, 2010 (troféu redentor de melhor filme “Festival do Rio de Janeiro – Novos Rumos”, 2010), e o filme-musical “Jardim Atlântico”, 2012, exibido na 36ª Mostra Internacional de Cinema. Colaborou na direção de fotografia de muitos cineastas da sua geração.

Sobre Canal Brasil:

O Canal Brasil tem papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008, com “Loki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante.

Sair do campo da exibição e partir também para produção de filmes fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos grande importância no cenário do cinema brasileiro recente. Em 2019, o canal ultrapassa a marca de 300 títulos coproduzidos.

Entre os longas mais recentes lançados no cinema estão as ficções “10 Segundos para Vencer” de José Alvarenga Jr.; “Rasga Coração” de Jorge Furtado; “O Beijo no Asfalto” de Murilo Benício e os documentários “Fevereiros” de Marcio Debellian e “Mussum – O Filme do Cacildis” de Susanna Lira.

Serviço Pré-estreias abertas ao público:

Rio de Janeiro
Estação NET

Dias 24 de julho de 2019 (4ªf)

Horário: 21h

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo

Recife

Cinema São Luiz 

Dia 22 de Agosto  de 2019 (5ª feira)

Horário: 20h

Endereço: Rua da Aurora 175 , Recife/PE

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