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Luca Moreira comenta ação da comunicação na era digital: “todo mundo tem um amigo virtual”

Nos dias atuais é quase impossível encontrar alguma empresa, seja de qualquer tipo fora do mundo das mídias. A interação e as redes sociais ultrapassaram os limites da utilização comum que acabou se tornando uma ciência que é constantemente estudada pelas pessoas, empresários, e até mesmo universidades que aplicam estratégias em seus cursos de comunicação. Na chamada “era digital”, tivemos nossos interesses mudados e nos tornamos cada vez mais consumidores ferozes da informação que os usuários do mundo todo passou a produzir.

As ferramentas, assim como seus recursos começaram a abrir portas para a tal de liberdade de expressão, onde uma postagem no Twitter faz com que o comentário de um usuário anônimo possa gerar extensas discussões sobre os mais variáveis assuntos, que simplesmente pularam do seu estado físico para a forma de códigos. Parece que já se foi o tempo em que a convivência social era só nas ruas, ou que esquecemos muitas vezes a evolução do nosso tradicional correio, que dos pombos foi-se para o WhatsApp, onde milésimos segundos são capazes de conectar todas as nações do mundo.

As opções e atualizações do mundo que antigamente demoravam dias para se espalhar, com as lives chegam em tempo real em todos os seus milhares de canais. Com tanta agilidade que essa velocidade de fluxo trouxe, as pessoas necessitaram de uma severa adaptação, que até hoje geram duvidas em suas consequências. A cada ano a nossa corrida contra o tempo se alastra mais, afinal, são tantas novidades que não conseguimos acompanhar todos os detalhes em tamanha velocidade.

Com a chegada dos influenciadores digitais, uma subcategoria da profissão de blogueiro, que por sinal compartilha semelhanças com o jornalismo, o poder das pessoas e dos seus perfis se alastrou. Mais uma vez tivemos que reformular os nossos padrões, é como se pegarmos tudo o que conhecíamos, as nossas características que definimos durante nossa vida antes da mídia, e fossemos em uma loja escolher uma burca para vestirmos. Simplesmente abrimos as portas de nossas personalidades para pessoas desconhecidas, porém, de tanto que acompanhamos suas vidas pelas telas, passamos a conhece-las. Pode ser estranho para algumas pessoas olharem por esse ângulo, mais esses “amigos virtuais” passaram a ser confidentes, e assim como passam a nos influenciar da maneira em como agimos ou gostamos das coisas.

É importante percebermos a maneira que o mundo muda, as roupas que vestimos em nossos jeitos de ser e no modo em que olhamos e nos importamos com as coisas. Nos dias de hoje, as pessoas se importam cada vez mais com os seguidores e curtidas que tem em suas publicações. O alcance deixou de ser algo que passava despercebido, e acabou se tornando o centro dos holofotes, se transformando em critérios de verificação para medir o quão importante a vida é em relação aos outros usuários. A pergunta dessa matéria é: “Até que ponto você vai para conseguir aprovação dos outros, em uma rede de anônimos? ”.

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