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Jotapê Samba EP “Orquestra do Morro”, samba com procedência e renovação

Cantor e compositor mostra o seu talento em repertório consistente e com produção do consagrado Leandro Lehart

Um gênero musical permanece quando consegue se renovar sem perder a sua essência. O samba se encaixa feito luva nessa definição. E o artista que incorpora esse bom senso e sensibilidade em seu trabalho tem tudo para ser bem-sucedido. É o caso de Jotapê Samba, jovem cantor e compositor paulista que acaba de lançar seu 1º EP, Orquestra do Morro.

Aos 23 anos de idade, João Pedro de Sant’Anna Guerino (seu nome de batismo) começou a flertar com a música ainda criança. Curioso, ele explorava a discoteca do pai, repleta de trabalhos de Chico Buarque, Caetano Veloso, Toquinho & Vinícius, bossa nova e também de outros craques da boa música.

Nascido em São Paulo e criado no bairro do Taboão, em São Bernardo do Campo (SP), ele teve suas primeiras aulas de violão aos 9 anos de idade, e, aos 15, fez as suas primeiras incursões no canto em igrejas, o que o ajudou a perder a timidez.

Seu cunhado abriu um bar no bairro de Moema, em São Paulo, e foi lá que o Jotapê Samba aprendeu a lidar com um público exigente, fã do samba tradicional e da MPB. Isso aos poucos mostrou a ele que a música poderia ser um belo rumo, em termos profissionais.

Com o advento da pandemia, em 2020, Jotapê inicialmente gravou vídeos para o Instagram e o Youtube, partindo depois para lives. A boa repercussão desses trabalhos despretensiosos o animou a buscar algo mais profissional, e isso ocorreu logo a seguir.

Ele compôs uma música, “Só em Deus” (em parceria com o amigo Daviola) e gravou no formato single com a produção do consagrado Leandro Lehart. Sempre antenado, o líder do grupo Art Popular sentiu que havia muito talento naquele artista iniciante, e novos contatos começaram a rolar.

Um deles levou Jotapê a gravar um vídeo acústico com a participação de uma verdadeira lenda no meio do samba, o violonista Cleber Augusto, ex-integrante do Grupo Fundo de Quintal. Este músico de altíssimo quilate também participou de um show realizado por ele no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo, em dezembro de 2 021.

A sequência natural desse início tão promissor seria a gravação de um EP, um dos formatos mais usados no momento por todos os artistas no Brasil e no mundo, e a seleção cuidadosa de repertório demorou quase um ano, até ser concluída.

Orquestra do Morro, o resultado final, trouxe mais uma vez a produção de Leandro Lehart, gravado no estúdio do astro e contando com o apoio importante de seu parceiro Danilo Holanda. E o resultado final esbanja consistência e abrangência.

Gravar com o Jotape foi uma satisfação muito grande pra mim. Ele tem muito valor como compositor e intérprete. Mesmo com um repertório diversificado, o disco já tem a cara dele e como ele pensa. Tenho certeza de que esse disco – A orquestra do morro – vai trazer ótimos frutos para a carreira dele“ Leandro Lehart.

Esse repertório é bem diversificado, conversa com vários estilos dentro do universo do samba”, explica Jotapê. “Busco dialogar com o que se faz hoje, mas sem perder as minhas referências”.

1- “Orquestra do Morro” (Jotapê Samba- Daviola)
Um sambão solto, pra cima, com arranjo sofisticado e uma letra que fala sobre como as pessoas conseguem superar as dificuldades nas comunidades e favelas. “As coisas só acontecem nas comunidades pela união das pessoas que moram lá, e essa letra tem uma pegada social, com um coral que lembra aqueles de origem africana”, explica Jotapê.

2-“ Tô Suave” (Jotapê Samba)
O primeiro single a ser extraído do EP. “Quis fazer algo mais acessível em termos de letra, com uma levada de samba-rock. Tem uma coisa meio chiclete, que gruda no ouvido de quem ouve, mas sem perder as minhas características próprias, E me vali de uma influência sutil do Chico Buarque em um trecho dessa letra, da música ‘Não Existe Pecado ao Sul do Equador’ ”.

3-“Pôr do Sol” (Leandro Lehart e Danilo Holanda)
Tem uma pegada mais próxima do pagode dos anos 1990, na linha do que fazia o Art Popular, o grupo do Leandro Lehart .

4- “Meu Infinito” (Jotapê Samba)
“Traz uma influência do samba dos anos 1980, com elementos de chorinho e com direito a violão de 7 cordas e tudo. É classuda e romântica, tem influência de ‘Onde Anda Você’, um dos vários clássicos do Vinícius de Moraes escritos com o Toquinho”.

5- “Um Sonho se Perdeu” (Marquinhos Pqd- Ratinho)
“Achei que seria legal resgatar um sucesso de outro artista, é algo que potencializa muito o EP. Essa música fez muito sucesso nos anos 1990 com o grupo Arte Final, e não é uma escolha óbvia”.

6- “Um Amor Faz a Gente Sorrir” (Leandro Lehart- Mauro Diniz)
“Uma honra gravar uma música inédita do Leandro em parceria com o grande Mauro Diniz, filho do Monarco e um dos grandes craques do samba dos anos 1980. Era para ter entrado em um disco do Art Popular, mas eles acabaram me dando esse lindo presente”.

>> Instagram: @jotapesamba

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