Dr. Felipe Paiva fala sobre o impacto das doenças para a inserção no mercado de trabalho

Você sabia que há um impacto das doenças no que se refere à inserção no mercado de trabalho? Sim, nós sabemos que o preconceito é muito cruel, e isso em qualquer área da vida. Porém, quando se criam estigmas, superá-los acaba sendo um desafio diário. Um bom exemplo disso, são as pessoas que vivem com o HIV, esse que é o vírus da imunodeficiência humana.

Sobre o HIV é interessante lembrar que é uma infecção sexualmente transmissível também causadora da Aids. Muitas pessoas com o passar dos anos conseguiram ganhar uma qualidade de vida, mesmo que a doença não tenha cura, consequentemente essas pessoas estão participando de forma ativa no mercado de trabalho.

Porém, ainda há um preconceito em relação às doenças que causam impacto, e que muitos por não conhecerem acabam dificultando ainda mais a inserção de pessoas dentro do mercado. No post de hoje falaremos um pouco mais sobre o assunto, e entenderemos melhor como as pessoas sofrem com o impacto das doenças no mercado de trabalho.

O fato é que há um impacto das doenças na inserção do mercado de trabalho porque as companhias não estão completamente preparadas para ajudar os funcionários que sofrem com algumas doenças.

Um bom exemplo disso, foi justamente o levantamento intitulado “Como as empresas lidam com o câncer?”, que foi realizado ainda no ano passado pela própria Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) mostrou alguns dados.

Este levantamento foi feito em parceria com o movimento Go All, e indica que, do ponto de vista dos próprios gestores, as preocupações mais comuns são justamente a dificuldade de conseguir conceder apoio ao funcionário.

Além do mais, há uma dificuldade em reintegrar a pessoa que está sobrevivendo às doenças no local de trabalho.

Por que é importante inserir a pessoa no mercado de trabalho?

Mesmo a pessoa estando com doenças graves é essencial que a mesma tenha uma ocupação, além do mais, ter o amparo de uma empresa é fundamental.

Quando a pessoa está doente e volta para o dia a dia a mesma tem a sensação de que está no controle, e de continuidade.

Quanto mais a empresa focar e olhar para essas pessoas, mais produtivos, satisfeitos e contentes ficarão.

Muitas pessoas preferem esconder que sofrem com doenças graves, afinal, sabemos que há preconceito e a ideia de que doentes não podem ou mesmo não devem trabalhar.

Porém, é interessante que os empregadores entendam que é possível sim contratar pessoas que sofrem com doenças graves ou não, afinal, elas também querem ter uma vida melhor.

É importante que os gestores e as companhias em si deixem de lado a ideia de que uma pessoa com câncer ou soropositivo não deve estar em um ambiente de trabalho.

Pelo contrário, essas pessoas são tão capazes quanto as demais, e precisam de ajuda para conseguir vencer esses quadros de enfermidades.

Um soropositivo, por exemplo, pode muito bem trabalhar de forma tranquila, afinal, com os tratamentos corretos é possível ter acesso a uma vida relativamente boa e mais simples.

Porém, é necessário que os empregadores se desprendam do preconceito e das dúvidas sobre o assunto.

O que diz a legislação sobre o assunto?

Na verdade, o trabalhador não precisa realmente informar ao empregador que possui uma doença, podendo ser crônica ou não.

É interessante lembrar que é sua prerrogativa, essa que concede o direito à intimidade e privacidade, estando garantido diretamente na Constituição Federal.

É importante que a intimidade do trabalhador seja sempre preservada, somente assim ele poderá então entrar no mercado da forma correta.

Esse resguardo ajuda para que o trabalhador não seja discriminado, afinal, ninguém precisa saber que a pessoa está doente de fato.

Na realidade, o atestado nada mais é do que um anexo para o prontuário da pessoa no que se refere a análise de risco da empresa, tudo com o objetivo de verificar se tal doença está relacionada com o trabalho.

É interessante destacarmos aqui que não há leis específicas sobre dispensa de pessoas que possuem doenças crônicas ou não.

Porém, a jurisprudência tende a proteger o trabalhador principalmente se a sua demissão foi discriminatória.

Se porventura o trabalhador conseguir provar na justiça que sua demissão acabou acontecendo em razão da enfermidade, então o mesmo pode conseguir a reintegração no trabalho além da possibilidade de indenização.

O ideal é que não seja necessário acionar a justiça de forma alguma, porém, em muitos casos acaba sendo necessário. Até o próximo post!

Conheça mas o trabalho de Dr Felipe Paiva

www.instagram.com/dr.felipedepaivadias

#ToNaMidia #TiagoGhidotti #DrFelipeDePaivaDias

 

COMPARTILHE
SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS

Leita também