Desde os 9 anos de idade, a paulista do interior Tetel Di Babuya apreciava a música clássica. Aos 9 anos, iniciou como violinista, mais tarde se formou em bacharel e, posteriormente, mestre em performance musical. Este período foi marcado por diversas apresentações em orquestras juvenis e profissionais, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. No entanto, um outro ramo da música iria atrair seus ouvidos: o jazz (como o de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald) e a música popular brasileira de Elis Regina, Djavan e Tom Jobim.
Em 2019, a até então violinista de carreira sentiu a necessidade emocional de registrar no mundo sua face como compositora e cantora. Ela sabia, porém, que necessitava de apoio quanto à composição de banda, refino de arranjos, organizações dos detalhes de gravações, entre outras questões semelhantes. Tetel encontrou em seu amigo de faculdade, o pianista e arranjador Daniel Grajew, a solução destes problemas. Foi então que gravaram o álbum “Mon Choux”.
“Mon Choux” foi lançado no ano seguinte de maneira independente, mas os próximos passos e “o que fazer com isso” a paralisou por um tempo, sentindo-se sozinha e sem experiência suficiente para dar sequência ao lançamento e sua carreira. Como as letras do álbum estavam todas em inglês, Tetel passou a explorar gravadoras e selos norte-americanos, na tentativa de que algum deles gostassem do seu trabalho. Foi então que a artista encontrou Bob Karcy, nova-iorquino atualmente dono da gravadora Arkadia Records.
“Recebi algumas respostas educadas às minhas mensagens por e-mail, mas a resposta de Bob Karcy foi rápida, honesta e humana, nunca sequer questionando o por quê uma brasileira escreveria músicas em inglês. As outras respostas eram frias e pouco inspiradoras. Ele ouviu o álbum, parecia genuinamente interessado e prestativo, tinha comentários precisos, sugestões e alguns criticismo. Depois que começamos a nos comunicar, deixei de pensar em seguir com qualquer outra gravadora. Ele me elogiou e fez críticas detalhadas. Outra vantagem foi que Bob tem uma vida de experiência e sucesso em muitas áreas da indústria musical”, conta Tetel.
Sobre Tetel, Bob Karcy diz: “Eu ouvi um som ímpar nos vocais de Tetel, e fiquei intrigado com a alta qualidade de suas composições, com letras únicas e tiradas irônicas. Com sua musicalidade inata, qualidade artística incomum, ética de trabalho e inteligência natural, essa é uma artista com quem quero trabalhar e acho que ela pode ir longe.”
O álbum “Mon Choux” não serviu apenas para atrair a atenção de Bob. As faixas foram reaproveitadas e gravadas novamente em outro nível de produção, mais elevado. “Mudamos o título para ‘Meet Tetel’, reformulamos alguns dos títulos da música e refinamos as letras. Regravamos todos os vocais e Bob me orientou com interpretação e performance, além de retrabalharmos mix e master.”
Tetel diz: “Este é apenas o começo da história da Tetel com a Arkadia Records. Depois de um ano e meio trabalhando juntos, ainda não nos encontramos pessoalmente. Retrabalhamos completamente o álbum ‘Meet Tetel’ e desenvolvemos nossa relação artística e comercial através do zoom. Mesmo no estúdio, Bob estava comigo a cada passo do caminho. Quão conectados nos tornamos musicalmente e artisticamente, embora só nos conheçamos no ciberespaço.
“Embora às vezes eu possa ser controladora por natureza, senti total confiança. Tudo está de alguma forma conectado e sincronizado, e continuaremos avançando. Minha carreira começou. Que será, será!”
Fonte: Claudê Lopes | @claudelopes70
#ToNaMidia #ClaudeLopes #TetelDiBabuya