Alguém aqui conhece ou trabalha com pessoas que parecem “inadministráveis”?
Muitos gestores cometem um equívoco quanto tentam administrar pessoas. Mas se os gestores não administram pessoas, eles fazem o que?
Administram acordos!
A relação entre um líder e seus liderados deve ser madura. Essa é a principal responsabilidade do líder. Construir relações maduras com seus liderados.
Um líder pode ser compassivo e buscar entender sempre os sentimentos alheios, mas não tentar administrá-los. Em vez disso, estabelece e administra acordos. Dessa forma toda comunicação é feita com respeito, e o líder cede a tentação de ser intimidador, mandão ou sabe-tudo.
Quando os gestores tentam administrar pessoas, acabam pajeando os mais insatisfeitos para conter e oposição e ganhar a admiração de todos. Isso, porém, resulta em uma pobre administração do tempo, e em muita psicoterapia amadora e ineficaz. Também estimula os liderados a assumirem uma posição imatura na sua comunicação com a chefia, no sentido de serem “adotados” por um gestor paternalista, em vez de terem com ele uma relação adulta.
Quando os acordos são feitos entre adultos, as pessoas não precisam ser administradas. O que é administrado é o acordo. É mais maduro e respeitoso, e ambos os lados usufruem de uma comunicação aberta e confiante.
Assim as partes assumem suas responsabilidades e fica mais fácil discutir sobre assuntos desconfortáveis. O impacto mais benéfico de se administrar acordos é observado na comunicação que passa ser mais honesta, aberta e completa.
Ao estabelecer um acordo o líder pergunta: Você está disposto a fazer isso? Tem certeza? Sabe como fazê-lo? Precisa do meu apoio, ou de alguém? E, finalmente, ao término da conversa chegamos a um consenso.
Todo acordo tem dois lados, de forma que o líder também deve se comprometer a cumprir a sua parte.
Ao selar um acordo, o líder quer uma promessa absoluta e um desempenho absoluto: – Posso contar 100% com você para executar esta tarefa?
Se receber a resposta afirmativa, os dois lados apertam as mãos e saem da reunião com um acordo, que foi construído dentro de um respeito mútuo, em uma conversa profissional e adulta. E ninguém foi “administrado”.
“As pessoas que mais demoram para fazer uma promessa, são as mais fieis na hora de cumpri-la.” (Jean-Jacques Rousseau)
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