Após uma série de colaborações com DJs na cena eletrônica europeia, o cantor e compositor Paolo Ravley, que vive entre o Brasil e a França, está prestes a seguir um novo caminho em sua carreira: o lançamento de um EP autoral totalmente gravado em São Paulo e Paris. O primeiro single, Pôr do Sol, já está nas principais plataformas de streaming e o videoclipe no Youtube, gravado em São Paulo e dirigido por Jr. Franch, explorando arte, moda e dança. A outra música é Caminho, também presente nas plataformas digitais.
A ideia é lançar o trabalho no segundo semestre com até seis músicas. O EP marca uma nova era para Paolo Ravley. Depois de anos colaborando, com voz e composições, com DJs como Armin Bureen, da Armada Music, o duo Ducked Ape, Loic Penillo, da Scorpion Music, e Renato Borges, aqui no Brasil, agora Paolo traça um caminho mais autoral, com sua identidade e influências do que conheceu e viveu na Europa mescladas à diversidade dos sons brasileiros. “Em 2015, dei uma pausa. Não estava contente com o que estava fazendo. Durante esse período, eu vim ao Brasil. Numa passada por São Paulo, vi e ouvi coisas que me inspiraram. Conheci vários artistas batalhando e fazendo coisas boas com poucos recursos. Isso me revigorou. Voltei à Europa com essa ideia na cabeça e voltei a compor em português. Isso foi a primeira coisa que mudou: a língua. Neste momento estou mesclando os dois universos – o brasileiro e o europeu”, conta.
Caminho, lançada no dia 9 de janeiro, Ravley chama de “’música de transição’, ‘música pivot’, apenas o caminho para esse novo eu”. Já o segundo single, Pôr do Sol, nasceu em Madrid, quando estava afinando o seu espanhol para lidar com clientes (ele tem uma agência de turismo na capital francesa). “Pus uns acordes e uns beats no computador e as notas melódicas vieram instintivamente. A letra veio em seguida. Se você prestar atenção e pegar frases soltas, como ‘como fluido você me quis’ ou ‘mas quaisquer que sejam deixem que sejam’, eu estava pensando em toda essa discussão muita necessária sobre sexualidade e gênero que temos hoje em dia, no quanto estamos ainda batalhando para nossos espaços frente ao preconceito”, revela. Já o refrão fala do amor não correspondido ou correspondido pela metade transformado em algo positivo. “Hoje prefiro deixar a pessoa ir e guardar as boas lembranças apenas (‘vai, vai que a vida traz o que é meu / vai que a vida guarda o que é seu’)”.
Sonoridade
O conceito do EP de Paolo Ravley está em mesclar a sua paixão por sons e texturas eletrônicas com o jeito brasileiro de cantar e compor, por isso a opção pelo trabalhar com produtores e músicos locais. “É uma nova era para mim: a do prazer e experimentação. O que faço é muito intuitivo, me influencio de tudo que ouço. No Brasil, o pop independente tem me inspirado bastante”, justifica. Ele conta que, em suas vindas ao país, descobriu grandes artistas novos, como Jaloo, McTha, Uriass, Dav.i, Silva, entre outros, que o ajudaram a construir o EP. “Não sei se tem algo deles no que estou produzindo agora, mas tudo isso numa panela deu um bom caldo de influências”.
Algo de que o cantor não abre mão é compor suas músicas. Segundo ele, é uma parte importante do processo e que dá bastante prazer. “Mesmo assim, gosto de trabalhar com produtores e outros músicos para arranjos mais elaborados, mas sempre coprodução. Agora estou trabalhando com o Ico, jovem produtor de São Luís (MA) que trabalha com Phil Veras e Castello Branco, por exemplo, e que tem 21 anos e um frescor e audácia no que faz”. Em São Paulo, o trabalho está sendo gravado no estúdio SoundDesign e, em Paris, no SodaSound. A ideia agora é voltar ao Brasil no segundo semestre para apresentar esse trabalho completo. Para isso, pretende contar com o apoio do público brasileiro. “O brasileiro é melhor do que pensa que é. Temos que acreditar no nosso potencial, olhar e prezar pelo que temos de mais forte: garra”, enfatiza.
História
Paolo Ravley tem uma história de quase duas décadas com a música. Começou a cantar e compor com 15 anos ainda em São Luís (MA) e, nessa época, o computador era seu companheiro inseparável na arte de “fazer música”. Em 2006 partiu para um intercâmbio na França e, estimulado pela sua host family, aprendeu a tocar piano e guitarra. Por lá, depois de ter feito Faculdade de Música na Paris Sorbonne 8, aprofundou-se mais em canções compostas pelo computador e começou a trabalhar com DJs. “Tive mais experiência em estúdio compondo e cantando para eles. Era a febre da música estilo David Guetta”, explica. Em 2014, apresentou seu trabalho aqui no Brasil, o EP Ray of Light, projeto eletrônico que tinha gravado na França.
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