No dia 05 de janeiro, domingo, às 18h o Sesc Santana apresentará mais um evento do Projeto Música no Deck, que fomenta a cultura musical. O evento dessa vez é o show do “CÁA-PIRA”.
O espetáculo leva ao público grandes clássicos da música sertaneja de raiz. Entre a apresentação de uma música e outra, atores/cantores contam o surgimento do caipira e deste estilo musical, além de curiosidades do universo caipira. Composta por violas, violão, baixo, acordeão e percussão, a banda interpreta temas de Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Irmãs Galvão, Rolando Boldrin, etc, além de uma canção própria composta especialmente para o espetáculo.
Etimologia e História
Da contribuição indígena surgiu a palavra caipira.”Caá” , o mato; “pira”, aquele que corta. Caá-pira era uma referência aos homens brancos que abriam seus caminhos cortando o mato que encontravam à sua frente.
Assim então eram chamados os jesuítas missionários portugueses pelos habitantes do nosso Brasil, “Caá-pira”, ou seja, os que cortavam o mato. Com a finalidade da evangelização e construção de suas vilas e trazendo à frente uma viola para sua prática e comunicação com os “selvagens”, não demorou muito para que esse instrumento logo fosse incorporado à cultura local, sendo então chamado de viola caipira.
Com certeza esse estilo musical que nasce do encontro de um povo europeu com nativos que é uma da bases da nossa etnia, vem também ser um dos estilos musicais que melhor define as raízes e a formação cultural do povo brasileiro. Com a evolução desse estilo musical, influências latino-americanas foram agregadas a essa sonoridade sertaneja; como a forte presença de metais tipicamente Mexicana, conhecida através dos mariachis; e a Guarânia, estilo musical Paraguaio, em várias canções um tanto mais melancólicas, tornando-se assim, um estilo único e multicultural; mais um dos belos resultados da miscigenação do nosso povo.
Também conhecido como sertanejo de raiz, rural e sertanejo antigo, é uma celebração sonora e cultural, uma manifestação espontânea e original do povo da zona rural, que reflete o dia-a-dia do trabalho, do lazer, da sua religiosidade e todas as relações sociais existentes nas comunidades interioranas.
A Banda
O encontro dos músicos da banda com o idealizador deste projeto aconteceu em trabalhos da Cia Espontânea de Teatro, com as montagens dos espetáculos musicais “Malas, palhaços e cambalachos ” (musical infantil) e “Tia Emanuelle”
(comédia musical). Em tempos de produções musicais baseadas e inspiradas em estilos estabelecidos e originários de tantas partes, era pulsante nesses artistas o desejo em comum de realizar um projeto com músicas sertanejas de raiz, do qual então nasceu a ideia do espetáculo “Caá-pira”.
Composta por violas, violão, baixo, acordeão e percussão,a banda interpreta clássicos de compositores e intérpretes sertanejos conhecidos pelo grande público, entre eles, Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Renato Teixeira, Irmãs Galvão, Rolando Boldrin, inclusive a única composição musical de Mário de Andrade, “Viola Quebrada” e uma composição autoral composta especialmente para este espetáculo.
Entre essa celebração musical, três atores/cantores contam a história do surgimento do caipira e da sua música de maneira muito divertida. Com arranjos originalmente compostos para este espetáculo, o grupo enfatiza letras de algumas canções à frente das suas já conhecidas sonoridades, criando um universo cênico imediato e ao encontro dessas histórias que já foram tantas vezes cantadas, porém poucas vezes associadas à suas realidades literárias.
Ficha Técnica:
Texto, Produção e Direção – Camilo Brunelli
Preparação Vocal – Adriano Vasconcelos e Vicente Dunort
Acordeom, arranjos, viola 12 cordas, violão e vocal – Jorge Cézar
Vocal , baixo, arranjos, violão e viola 12 cordas – Ari Oliveira e Vicente Dunort
Percussão, arranjos e vocais – Saulo Caetano
Vocal – Marta Guerreiro
Vocal, gaita e baixo – Luiã Borges
Pesquisa de conteúdo e textos – Camilo Brunelli, Ederson Perato e Maurício Campos
SERVIÇO
05/01/2020 Domingo, às 18h.
Sesc Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo.
Local: Espaço de convivência. Grátis. Livre.
Acesso para pessoas com deficiência
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