Não é de hoje que Pernambuco é conhecido como celeiro efervescente de produção artística e musical no Brasil. Entre o final de 2020 e início de 2021, a canção pernambucana levou dezenas de lançamentos às plataformas digitais, tendo a negritude como forte protagonista. Conheça aqui 5 artistas negros pernambucanos que trazem frescor e inventividade à música brasileira:
Zé Manoel
Um dos pianistas consagrados da música brasileira contemporânea, Zé Manoel é pernambucano natural de Petrolina-PE, mas radicado em São Paulo já há alguns anos. No finalzinho de outubro, o artista lançou seu terceiro disco “Do Meu Coração Nu”, uma obra de acolhimento mas também de protesto. Em 11 canções, Zé Manoel revisita sua ancestralidade e pede o fim da violência contra a negritude.
Vinícius Barros
Cantautor da cena indie pernambucana, Vinícius Barros adere a um novo momento da carreira. Natural de Recife/PE, Barros une letras reflexivas a batidas com sabor de África e Nordeste. No último 20 de Novembro (Dia da Consciência Negra), lançou o single “Pra Abraçar Quem Sou”, no qual encampa o orgulho e a liberdade de ser negro junto ao existencialismo da filosofia Ubuntu. O single abre portas para seu terceiro álbum solo e foi incluído recentemente na playlist “Sons Independentes” da produtora Laboratório Fantasma.
Thera Blue e Gabi da Pele Preta
Um caruaruense radicado em São Paulo. Um Matuto Raiteque (Hightech), como ele próprio se descreve. Thera Blue iniciou a carreira como cantor e compositor nos anos 2000 e brilhou em palcos pernambucanos com sua visceralidade e entrega. Com dois discos gravados e um DVD, Thera Blue retorna à cena musical com “Recados”, canção em duo com a conterrânea Gabi da Pele Preta. A música faz ode ao orixá Exu, que, na canção, é metáfora para o divino que habita no povo negro.
Dani Carmesim
Feminilidade, negritude, rock e atitude, tudo em uma artista só. Com quase 10 anos de trajetória na cena underground e independente do Recife, a cantora e compositora Dani Carmesim lança o single “De Dentro Pra Fora”. A canção abraça o disco-funk contemporâneo, com influências de Talking Heads e Tame Impala, e letra que simboliza a busca pela autenticidade e pela liberdade de ser da mulher negra.
Alexandre Revoredo
Cantautor da cidade de Garanhuns, Revoredo une regionalidade e toques da MPB em canções de forte poética e voz de timbre único. Lançou em março de 2020 seu primeiro disco solo, celebrando 15 anos de trajetória musical. Durante a pandemia, criou a Trilogia Trancada, um EP de 3 músicas que evocam sensações e impressões sobre o período de isolamento social.
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