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Art Popular relembra clássicos do samba com “Os Bambas”

“Os Bambas”, novo álbum de releituras do grupo Art Popular. O musical “Os Bambas” é uma obra de ficção e os personagens são interpretados por integrantes do grupo Art Popular. O projeto revive uma sonoridade que, há muitas décadas, não revela mais artistas no samba, mas que foi a trilha sonora de vários discos importantes pra música brasileira.

“Os Bambas” é um show com releituras de clássicos do samba como Ataulfo Alves, João Gilberto, Trio Mocotó, Agepê, Jair Rodrigues, Baden Powell, Demônios da Garoa, Jorge Ben, Olodum, Banda Raça Negra, entre outros. Todo o repertório,incluindo clássicos como “Canto de Amor”, “Canto de Ossanha”, “Aquarela Brasileira”, “Tristeza”, “Tiro ao Álvaro”, “Cheia de Mania” e “Moro Onde Não Mora Ninguém”, é tocado no ritmo consagrado pelo grupo Originais do Samba, com instrumentos mais antigos como surdo, agogô e cuíca, incluindo o acompanhamento de bateria, piano e contrabaixo acústico.

O musical foi gravado ao vivo no Auditório do Ibirapuera em agosto de 2019 e contou com as participações de Leci Brandão e Anderson Leonardo (Grupo Molejo). Na narrativa, o grupo viveu seu auge da carreira entre as décadas de 60 e 70. Seus integrantes eram músicos importantes na época, que se relacionavam com cantores que construíram a cena do samba no Brasil, desde Donga, autor de “Pelo Telefone”, passando por Pixiguinha, até Noel Rosa.

À frente do seu tempo, os componentes do grupo eram músicos visionários e relatavam que tinham um “mentor espiritual”, que lhes trazia futuros sucessos, como até então a desconhecida bossa nova, o partido alto, o pagode do fundo de quintal, passando pelo samba rock e chegando ao pagode dos anos 90.

Leandro Lehart interpreta Kid Cavaquinho, vindo de uma família de músicos e cuja maior vontade era ser como Jimi Hendrix. Os Espetinho do Surdo, encarnado por Marcelo Malli, primo de Kid, ex-engraxate, aprendeu a batucar sambas e maxixes para atrair a clientela, tendo sido preso três vezes por desacato às autoridades. O ex-bicheiro Mario Batucada, papel de Evandro Soares, nasceu em Minas Gerais e fugiu para o Rio de Janeiro por ter um caso com a filha do delegado de sua cidade.

Denílson Pimpolho vive o baiano Maré Cheia, que se diz um dos inventores da roda de samba. O ex-barman gaúcho, Elvis Gole, interpretado por Ricardo Lima, que teria sido apelidado por um ex-presidente da república, é fã de Nelson Gonçalves e Orlando Silva. O paulista Tomate do Pandeiro, representado por Tcharlinho, é um batuqueiro que vivia na roça e substituiu Bigode, o pandeirista original do grupo, por ele ter deixado “Os Bambas” para fazer uma turnê com os Originais do Samba pela Europa.  OUÇA AQUI

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