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O especialista aponta que as principais semelhanças entre a Fibromialgia e a Disfunção Temporomandibular são: dor generalizada com sofrimento psíquico e a prevalência e gravidade dos sintomas, que são mais elevadas em pacientes com FM. Entretanto, suas fisiopatologias se diferem, pois a FM possui fortes componentes genéticos, fatores ambientais influenciam a ocorrência do fenótipo. Ou seja, a FM pode levar a sintomas de DTM, mas não existem evidências científicas que conclua suas relações de causa e consequência.
O diagnóstico da fibromialgia é longo e bastante complexo, consiste na apalpação dos doze pontos fibromiálgicos, para ser caracterizado como patológico o paciente tem que demonstrar sensibilidade a onze deles. “Esse método surgiu após estudos clínicos individuais e revisões de alta qualidade e meta análises, que antes tratava-se de um consenso entre especialista e agora é abordado por evidências, que proporcionam um diagnóstico precoce e adoção oportuna de tratamento apropriado”, diz o doutor.
Idealmente, o gerenciamento no tratamento da fibromialgia envolve uma abordagem multidisciplinar com a via preferencial do paciente originada nos cuidados primários, mas apoiada por vários prestadores de serviços de saúde, incluindo encaminhamento para atendimento especializado quando necessário.
Segundo João Marcos, o método de tratamento adotado que tem obtido resultados bem-sucedidos são aqueles com abordagem mais holística, que não se concentra apenas na dor. “O impacto nos sintomas associados a fadiga e problemas cognitivos, distúrbios do sono e humor e status funcional reduzido também são importantes para julgar o sucesso da terapia com FM”, conta.
As diretrizes recentemente publicadas recomendam a adoção de uma abordagem baseada em sintomas para orientar o tratamento farmacológico, associado a um conjunto complexo e difuso de tratamento terapêuticos, que incluem também uma inserção e estimula as relações interpessoais.
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O especialista alerta a importância do conhecimento social de doenças crônicas como fibromialgia, para que as pessoas que convivem com pacientes tenham mais empatia, pois os mesmos nunca sabem como serão o minuto seguinte de suas vidas, tendo em vista que a dor ocasiona dificuldades cognitivas e emocionais.