13 – O Musical, o espetáculo da Broadway que marcou a estreia profissional de Ariana Grande, tem nova data de estreia e local de apresentação de sua montagem brasileira. A peça chega a São Paulo no dia 2 de abril, para curta temporada, agora no Teatro Liberdade (Rua São Joaquim, 129 – Liberdade). Pensado para o público adolescente, 13 – O Musical foi um grande sucesso na Broadway e no West End, e agora desembarca em nosso país para encantar não apenas os mais novos, mas a família toda.
A pré estreia aconteceu para convidados, amigos e familiares. Contando com a presença de colegas de elenco dos de as aventuras de Poliana, e agora Poliana moça, que foram prestigiar não somente os atores Igor Jasen e Enzo Krieger, como todos do elenco da peça. Marcaram Presença, Luccas Papp (Mosquito), Pietra Quintela (Lorena), Ivan Parente (Lindomar), Lucas Burgatti (Eric), Duda Pimenta (Kessya), Murilo Cezar (Marcelo), Humberto Morais (Formiga), Thiago Franzé (André), Thaís Melchior (Luísa), Théo Medon (Mário). Além de Outros atores como, Gustavo Daneluz, Giulia Garcia, Lorena Turci e Cinthia Cruz.
O Espetáculo é um show. Podemos notar um elenco entregue de corpo e alma para trazer ao palco um roteiro bem encenado e divertido. Talentos adolescentes que cantam, encantam e impressionam. Após assistir as duas pré estreia, com os dois elencos, alguns pontos que tornam esse espetáculo indescritível serão pontuados nessa matéria.
Determinação:
Todo os atores entram em cena motivados e convictos e entregam a melhor atuação, a melhor coreografia e a melhor sincronia, gerando uma conexão entre a história e personagens pouco vista em outras produções.
Não é só musical:
13 o musical, não se prende a modalidade, sendo possível observar camadas no espetáculo, que vão muito além de musicas e coreografias. Os atores se libertam de si dentro do palco, é possível ver uma construção interpretativa muito bem desenhada e dirigida. A Prioridade do elenco é contar a história, seja dançando ou cantando, tudo é feito com muita excelência.
Uma família:
De tudo isso, uma coisa me chamou atenção. Na segunda feira (28) o elenco Manhattan se apresentou, estando na plateia o elenco que se apresentaria somente na terça dia (29), o mesmo aconteceu quando o elenco indiana se apresentou, aqueles que haviam se apresentado anteriormente, estavam presente como publico apoiando o outro elenco. Pode parecer boba, essa avaliação, mas não é. Uma vez que fica evidente que não é uma questão de obrigação e sim de prazer. Digo que 13 o musical é para família, pois nos palcos estará uma outra família, unida pelo amor à arte e pelo prazer de prestigiar seus colegas e amigos.
Atuação:
Dividindo o papel de Evan Goldman, Igor Jansen e Enzo Krieger, são espetaculares. Interpretando o personagem, sabendo da voz aos conflitos e emoções no tempo certo. É possível identificar uma evolução, desde da primeira cena, até a última. Em nenhum momento os atores perdem a mão ao dar vida ao personagem, conseguem manter o mesmo nível, até o fim do espetáculo.
No papel de Patrice, temos as atrizes Gabi Ayumi e Sienna Belle, que não só cantam, como encantam. Dando uma linguagem a personagem, que nos faz ao decorrer da peça torcer e até brigar, em defesa de algumas situações na qual elas passam. Atrizes tão seguras, que nos faz sentir raiva do Evan, quando este faz uma escolha ruim. Conseguindo, portanto, criar no público que assiste uma conexão real, que nos faz pensar “Não acredito que ele fez isso com você, logo você”. Gabi Ayumi e Sienna Belle, deram verdade a Patrice, com sentimentos cantados, encenados e até coreografados.
Brett, o famoso valentão, que nos deveria dar mais raiva, acaba provocando mais risadas, do que qualquer outro sentimento. Personagem feito com leveza, dinamismo e de forma inteligente por Sam Sabbá e Sidinho.
Bia Vasconcellos e Juliana Akemi, vivendo a amiga invejosa Lucy, que diz está dando conselhos bons para Kendra, quando na verdade quer afasta – lá para conseguir o que deseja, inclusive o coração do galã Brett. Atrizes que dão um ar irônico e debochado na dose certa para a personagem, provocando no público desde o início o famoso “ranço” resultado de atuações em sintonia com o texto.
Não deixando de mencionar outros atores como Gabriela Sega e Martha Nobel (Kendra), Ana Luíza Leal e Erin Borges (Charlotte) Andreas Trotta e Roberto Justino (Archie), Gustavo Spinosa e Isidoro Gubnistsky (Simon), Carol Pelegrini e Paula Serra (Cassie), Teteu Cabrera e Theo Barreto (Eddie), Gabriela Melo e Isabella Daneluz (Molly) Gabi Meirelles e Tiago Fernandes (Malcon) Vinicius Spada (Richie), Isabella Faile (Swing). Todos os atores estão muito bem posicionados, dando voz a seu personagem com muita responsabilidade e segurança, em 13 o musical, não existe personagem pequeno, existem personagens importantes e necessários para a contextualização da história, de modo que fica impossível imaginar o enrendo na falta de qualquer um deles. Todos entram em cena, deixando sua marca, se entregando doando tudo de si mesmo. A energia, que envolve todos é fora do comum, eles preenchem cada espaço do palco, nada fica vazio. Pode ter dois ou três atores em cena, ainda sim nesse momento o palco está cheio, cheio de vida, cheio de talentos e envolvido com uma energia diferenciada.
Talentos da Banda:
Carolina Ribeiro (Baixo), Gabriel Gaiardo (Piano Conductor), Gaby Novais (Teclado), Henry Gaspar (Teclado) Junior Almeida (Bateria e baixo elétrico) Mateus Brito (Guitarra), Vinny Rider (Guitarra) e Vittorio Taguti (Bateria). Também compõe um rol de talentos, de tirar o folego. Responsáveis pela banda, logo no primeiro som dos espetáculos, já entram com tudo, já nos envolve. Pois existe ali músicos jovens, bem mais capacitados que muitos adultos. A Banda nos prova, que não basta anos de experiência, tem que tocar, querendo tocar. E eles entram em cena, evidenciando isso, deixando claro que são dignos da posição a qual conquistaram. Sabendo respeitar os momentos encenados sem música, mas quando entra a música, quem merece todo respeito e admiração são eles.
Mariana Barros, é uma coreógrafa de primeira linha, ela soube trabalhar com adolescentes, despertando em cada um deles o que tem de melhor. É notória a admiração do elenco por ela. Mariana, soube conversar, soube conduzir, não limitando os talentos, mas sim os desenvolvendo. O Teatro Musical pede mais da genialidade de Mariana Barros.
A Direção Musical de Ronnie Kneblewski, é tão necessária e foi tão bem desenhada. Ronnie, mesmo com tanta experiência, consegue surpreender ainda mais, ficando claro que é seu talento natural. Certamente em sua direção, procurou conhecer a voz e o dom musical de cada um, e respeitando isso, o resultado foi uma sincronia de vozes e melodia perfeitamente direcionadas. Ronnie é Brilhante, detalhista e tecnicamente um dos melhores no quesito direção musical.
A Direção Geral de Fernanda Chamma, em nada deixa a desejar. Uma diretora preocupada, amiga, parceira. Sendo capaz de entender seu elenco simplesmente pelo olhar, isso fica nítido na montagem da peça. Fernanda tem intimidade com os atores, eles se comunicam, e todos dizem a mesma coisa, “Vamos fazer um espetáculo” ela sabe do potencial de cada um, e não ignora isso, pelo contrário faz questão de provocar em todos, aquilo que eles tem de melhor. Certamente é uma honra ser conduzidos por ela.
Enfim, 13 o musical é impressionante a cada segundo, envolvente a cada minuto e espetacular até fim. Nos coloca dentro dos personagens, conseguimos conversar com eles, em uma só linguagem. Para o adulto, para o adolescente e para a família, é uma completa diversão. 13 o musical, eu Guilherme Miranda, te aplaudo de pé. Parabéns!
Fotos: Cintia Carvalho
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